abstraindo um amor cultural

Nossa "evolução", por algum motivo, deu-se no sentido de que o amor não-associado à procriação surgisse há aproximadamente 10.000 anos, segundo cálculos de meu amigo Mimosão.

A necessidade de segurança nas relações gera inevitavelmente sofrimento e medo. Essa busca de segurança, atrai insegurança.
A maioria de nós quer segurança de amar e ser amado, mas existirá amor quando cada um busca a própria segurança, seu caminho próprio? Nós não somos amados porque não sabemos amar ?
Todo mundo fala de amor - amo a minha pátria, amo o prazer, amo a minha esposa, amo a Deus. O amor é uma idéia?

Incapazes que somos de compreender esse humano amor, fugimos pras abstrações ( algumas até misturebas brucutús).

Amor pode ser mesmo solução pras dificuldades, problemas e aflições.
A adoração de uma certa pessoa, o amor carnal, a troca de emoções, o companheirismo - será isso o que se entende por amor?

Nesse 'amor humano', existe prazer, competição, ciúme, desejo de possuir, de conservar, de controlar, de influir no pensar em alguém.
Pode o amor ser dividido em sagrado e profano, humano e divino, ou só há amor? O amor é pra um só e não pra muitos?
Se digo 'amo você', isso exclui o amor do outro?

O amor é pessoal ou impessoal? Moral ou imoral? Familiar ou não familiar? Se ama a humanidade, pode amar o indivíduo? O amor é sentimento? Emoção? O Amor é prazer e desejo? Todas essas perguntas indicam que temos idéias a respeito do amor, idéias sobre o que ele deve ou não deve ser, um código criado pela cultura em que vivemos.

O amor é desejo? Pra maioria de nós, é.

Desejo acompanhado de prazer, prazer derivado dos sentidos, pelo apego e o preenchimento sexual.