Sabe aquela música insuportável que caminhão de gás toca? Ou a musiquinha da groselha vitaminada Milani? Ou uma música sem vergonha de axé? Ou o vídeo na página de recados da minha amiga Leila? Então.. memes.
Religião também, seria um complexo de memes. Freud disse ser religião das maiores aquisições da humanidade. Um meme muito importante que ajuda muito à sobrevivência da religião é a idéia do respeito às outras religiões. Você pode discutir sobre absolutamente qualquer coisa com qualquer pessoa mas qualquer questionamento sobre religião levanta uma reação fortíssima.
Se pensarmos, boa parte do que fazemos é movido por um sentimento básico e primitivo dos animais: o medo. Casa, casamento, trabalho, posição social, religião.... quase tudo é definido pelo medo, gerado em sua grande e esmagadora maioria das vezes pela ignorância.
Se admito ser completo ignorante acerca de minha passagem pela vida, se admito que nem ao menos sei se vida tem sentido (eita, peguei pesado), se admito que as explicações que me dão sobre a origem da vida estão distantes da realidade, hora por ser uma história “inventada” por pessoas tão vãs e muito mais ignorantes que eu, hora por que nem agora, 2 mil, 6 mil anos de história das principais religiões, nem agora temos resposta.....
Considerando a provável natureza "psicosocial" (influencia dos memes?) nos fenomenos mediúnicos, faço essas elocubrações:
Antigamente eu tinha poderes psicocinéticos, acredite. Na hora do almoço, sentava na mesa e só abria a boca pra comer. Quando queria maionese, por exemplo, ficava olhando fixamente pra travessa e misteriosamente a maionese aparecia no meu prato . Esses poderes psicocinéticos eram catalisados pela presença da minha super mãe na mesa - sem ela, o poder mágico sumia e eu tinha de me servir como qualquer mortal. Aliás, quando ela prestava atenção na televisão ou conversava com alguém, meu poder também falhava.
Essa (ex)capacidade exposta agora, e tendo em vista a tendência de norte-americanos verem ETs (adoram ETs), portugueses a Virgem Maria, criancinhas acreditarem no Papai Noel, corintianos no não rebaixamento pra segundona, e shamâns siberianos os seus antepassados, qual a probabilidade das empiritistas brucutú estarem misturebando devido ao contexto social em que estão imersas?
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2 comentários:
"Olá..Querido! Vim conhecer teu cantinho...Qta criatividade...!!! Ainda naum conseguimos tc..mas aguarde..bjus!! Anna Bella!
Então Zé... Tens razão esses nemes, chicletinhos musicais não dá pra esquecer, mesmo... Lembrei-me que um tempo atrás veio à mente o jingle do Guaraná Dolly. Pense... Meu Deus, grudou no meu pensamento. Nada no mundo que eu pensava fazia com que aquela musiquinha fosse embora. Se pensasse qualquer coisa, tinha fundo musical do Guaraná Dolly. Pensava na melhor música do mundo e ela era esmagadoramente vencida pelo jingle invencível. "Dolly, Dolly Guaraná Dolly". Aposto que você está com este jingle na cabeça agora. É batata!!! Com guaraná, lógico. Este jingle é um exemplo fiel no que na propaganda chamamos de chiclete de ouvido, até a minha do meu slide que vc se referiu, grudou, não é? Um som ou uma letra na cabeça e não sai mais. Afff... E isso dá resultado e um recall danado. Claro que Dolly não é nada comparado a "Se ela dança eu danço... (bis)". E a da campanha eleitoral... ai, ai, ai, ai, ta faltando segurança tá faltando educação.... ai que confusão... (que droga! rs). Olha, se eu fosse professora adotaria o método ensinando parodiando jingles famosos... rsss... Tem também o slogan das Lojas Marabrás, na sua mente você vai cantar, e com a voz do Zezé di Camargo, Lojas Marabrás, preço menor ninguém faz, ou se eu te perguntar como era a campanha de inverno das Casas Pernambucanas, você vai direto pro "Não adianta bater, eu não deixo você entrar... ". Tá cantando o resto da música não está? hahaha...
Papo sério agora... rsss
Quanto a tua indagação, acredito que toda e qualquer religiosidade surge em contextos históricos, socioeconômicos, políticos, culturais e grupos sociais específicos determinados e tem, portanto, sentidos específicos para cada um desses contextos, não tem haver com nemes ou chicletes de ouvido. Ela é desta forma, intrinsecamente uma dimensão social e cultural da experiência humana. Assim, é de se esperar que diferentes formas de religiosidade, em distintos contextos sociais e culturais, tenham significações e implicações diferenciadas para a vida das pessoas, sua subjetividade e saúde mental.
A religiosidade no contexto amplo social seria para agir positivamente sobre a saúde mental. É possível que um conjunto de fenômenos distintos aja em sinergismo: o apoio social dos grupos religiosos, a disponibilidade de um sistema de crenças que propicia sentido à vida e ao sofrimento, o incentivo a comportamentos saudáveis e regras referentes a estilos de vida propiciadores da saúde (relacionados à alimentação, a vícios, ao comportamento sexual, à criação dos filhos, relacionamentos, etc.).
Como o fanatismo está geralmente ligado ao dogmatismo, isto é, à crença numa verdade ou num sistema de verdades que, uma vez aceitas, não devem mais ser postas em discussão e rejeitam a discussão com outros, assim como o empirismo está ligado aos sistemas filosóficos que consideram a experiência como único critério de verdade. Urge tomarmos consciência de nossas ações. Quantas não são as vezes que queremos impor as nossas idéias ao grupo que freqüentamos? Lembremos do provérbio que diz: "Todo o excesso é prejudicial". Procuremos sempre o meio termo como nos aconselhava o filósofo Aristóteles, que colocava a virtude no meio, ou seja, entre o excesso para mais e para menos. Não o colocava como uma média, mas como o ponto de equilíbrio entre os excessos.
É meu caro divagante, o que faz nossas vidas terem sentido é acharmos que tudo que fazemos vale à pena. Nossa determinação para levar adiante projetos que criamos para nós mesmos dá sentido às nossas vidas. Sentimos que a vida é inútil quando a maior parte dos desejos que julgamos importantes é frustrada. Achar nossa vida importante ou não, depende de quais objetivos importantes são frustrados. Talvez o segredo de uma vida com sentido seja dar importância a pequenas e simples coisas e a aqueles objetivos que podemos atingir, minimizando aqueles que não podemos, desde que saibamos a diferença entre eles.
Então vamos lá , vamos começar a colocar sentido em nosso viver, saiba que tem gente aqui na terra e lá no céu torcendo por você!
“Quando te procuro, meu Deus, estou à procura da felicidade. Procurar-te-ei para que a minha alma viva, porque o meu corpo vive da minha alma, e a minha alma vive de ti.” (S. Agostinho)
Um beijo na tua alegre doce alma!
Da amiga que muito o estima,
Leila
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