quarta-feira, 12 de setembro de 2007

não ter amizades


Outro dia, indo pra SP com o Ivan, surgiu comentário dele por eu estar sem companhia, e de não ter amigos. Sempre fui uma pessoa pacata, sem muita purpurina ou melância, pra ficar ostentando aí nas rodinhas.
Reconheço que quando rompi relacionamentos, o círculo de conhecidos diminuiu bastante, mesmo depois tentado fazer novas amizades. Principalmente a partir de 2003, contornei essa "carência" de conversa, com as amizades virtuais, muito mais do que as reais. São efêmeras na maioria, mas podem ser renovadas com facilidade, também. O propósito foi procurar gente parecida comigo, ou entendesse meu jeito, o que não é fácil.
Não procurei quantidade. Por problemas outros, comecei a ficar envolvido em muita saia justa pela net, quase sempre sendo assacado como uma pessoa até de ter condutas suspeitas. Recentemente parei de fazer algo que durante um bom período servia como uma catárse pessoal: participação e discussões em comunidade.Inclusive foi por sugestão que montei esse espaço virtual - pelo menos aqui a interação seria diferente ( isso se ocorrer com as moscas, ninguém me lê mesmo, rss.).
Sinto bastante a falta de uma boa conversa, virtual ou real. Perdi amigos.

5 comentários:

Meire J. Costa disse...

Zé, estamos passando pelo mesmo momento e creio mon ami, q a culpa é nossa. Não tenho neurônios inteligentes o suficiente para bater um bolão contigo (matei mais da metade deles com as anfetaminas -hehehe), mas consigo entender a tua carência.
Tenho refletido muito sobre isto, até pq nunca fui mesmo de ter vários amigos, mas agora q precisei de apoio, os poucos q confiava, tb me deram o cano.
Cheguei à brilhante conclusão q amizade é via de mão dupla e q não podemos receber sem antes dar, não sabemos ser amigos, daí a dificuldade em ter amigos. Custei a aceitar isto, pois sempre me achei uma boa amiga, super prestativa, boa ouvinte, etc. Cega, cri q estava privilegiando uns poucos eleitos com a magnificência de meu mais puro e sincero sentimento. Como devo ter sido mal interpretada...onde via seletividade, devem ter visto esnobação; onde mostrei-me generosa e solidária, acharam a prodigalidade e a vaidade; onde distribuí compreensão e sorrisos, várias vezes pensaram se tratar de falsa modéstia. Hj acredito q recebo o q dou e por ser tão crítica com os outros, permiti q me mal interpretassem e me criticassem tb. Crescemos com isto, mas dói.
Nossa maneira de nos relacionar, apesar de não acharmos, é pernóstica e agride. se assim não fosse, com certeza não sentiríamos esta falta de amigos...

Beijos, meu amigo virtual.

zé betti disse...

essa analogia amizade x veiculos & estradas, é meio capiciosa tb..

Os acidentes mais comuns causados pelos veículos são as colisões frontais (opiniões contrárias). Quando ocorrem, precisam ser solucionados pra liberar o tráfego na via. Esses acidentes são influenciados pela qde e qualidade de veículos na via.
As pessoas são as operadoras de uma via do trecho que possue essa estrada – a amizade – que por sua vez se liga a outros trechos, controlados por operadoras(pessoas) de outras vias, e que por sua vez estão inseridas em um contexto maior, a rede de relacionamento.
A "culpa" pela falta de amizades, é relativizada, pelo jeito - não tô bem certo que seja assim... Quem tem mais quantidade "tem" mais amigos? Sei não. Quem procura quantidade de amigos é quem exige a contrapartida? Sei não 2...

Meirezinha, minha amiga, quando vier a SP, vamos tomar um goró no Senzala, pra selar essa amizade sem cobranças - prometo que até ficarei meio mistureba, se vc pagar a conta...rss

Unknown disse...

Acho que muito mais pessoas que imaginamos sentem se como sós, com carências de amigos como nós. A vida é corrida e cada um cuida da sua. Engraçado que tenho "ex amigos" (pq. não tenho mais contato) dos quais sempre me lembro com carinho e que em algum momento foram importantes prá mim, mas as pessoas passam em nossas vidas, talvez por que cumpram seu papel e são vão cumprir outros, assim como nós na vida dos outros.
Amizade eterna ainda não consegui manter nenhuma, embora a minha vida não tenha acabado, mas até aqui, todas as que tive no passado, se perderam em algum lugar por lá.
Às vezes surgem novas amizades, duram um tempo e se desfazem não premeditadamente, mas por conta das circunstâncias e dos atropelos da vida.
Hoje eu conto com minha família, irmãs e pai, que são, talvez, meus eternos amigos.
Mas a gente se acomoda, muitas vezes temos as amizades, mas a limitamos a espaços como msn, orkut, telefonemas, isso é pouco se tivermos necessidade de manter vinculos mais duradouros e mais estreitos.
Beijos prá você!

Proseando... disse...

O mundo segue o seu caminho e neste trajeto n os distanciamos de uns amigos e encontramos estes... Mas não são somente eles que vêm e que vão; nós também.

Na última quinzena de dezembro, todos os anos, eu me encontro com os meus amigos com os quais terminei o ginásio. Somos amigos de lá e hoje conhecidos pela amizade mantida pelo tempo, mas cada uma com a sua vida, com as suas idéias, as suas idiossincrasias...

Se pensarmos em amizades, semper as teremos; se falarmos em amigos, eles vêm e passam...

Nana Lopes - @Nanamada disse...
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